terça-feira, 16 de outubro de 2012

A vida e o jogo...



Na minha infância , o jogo de videogame mais moderno que havia, era da Atari, que não era muito difícil jogar, mas que eu achava  bastante chato.
Dois tracinhos e uma bola numa tela preta!
Com o passar dos tempos, chegaram jogos mais modernos e cada vez mais elaborados,onde os jogadores precisam ter uma boa coordenação motora , atenção redobrada e concentração .
Apesar dos debates de educadores, sociólogos e psicólogos se a cultura do videogame é ou não é bom para nossas crianças ou jovens, creio que de fato , eles podem ter uma utilidade fundamental para nossa vida real.
Funcionam como simuladores , nos quais se treina as habilidades exigidas pela realidade do dia-a-dia . Quem nunca se sentiu num jogo de videogame enquanto estava dirigindo?

Na  realidade das nossas ruas tem tudo que um bom videogame oferece, ate mesmo em 3D .
Podemos escolher o veículo e opções extras. Algumas dessas opções dão ate pontos especiais (o uso da sinaleira e o conhecimento das regras de transito por exemplo!)
Outras tiram pontos (som potente e carro rebaixado).




É possível ganhar vidas extras , mas isso só é possível para aqueles que tem dinheiro suficiente para investir num veículo com acessórios especiais, como air-bags (se for possível, mais de um), freios ABS, cintos de segurança, cadeirinha de bebé e pneus novos de boa qualidade.

Perdemos pontos quando caímos num buraco, batemos num outro carro, batemos num ciclista, motoqueiro ou pedestre, quando não sinalizamos ou quando não respeitamos os sinais e ganhamos pontos se pudermos evitar tudo aquilo.

Também existem diversas opções de "layout", como a cidade, o campo, a estrada rural e a rodovia.
Os "backgrounds" podem variar de pistas únicas , duplas ou ate triplas.
Cada localidade tem diversos desafios, alguns mais, outros menos perigosos.
O risco aumenta quando você não tem nenhuma vida extra ou se você escolher um meio de transporte de duas rodas.
Tem fases diferentes também, do iniciante até o perito.
Em qualquer uma das fases temos dificuldades extras e desafios e enfrentamos pelo menos um perigo especial . Isso é emocionante de várias maneiras. Tanto é possível se ter um infarte por excesso de adrenalina numa ultrapassagem perigosa ou se ter a agonia de morte lenta durante um engarrafamento de duas horas.
Todos os dias, enfrentamos  corridas que deixariam qualquer aficionado por games num estado de graça. Numa pista de três mãos temos que evitar bicicletas de um lado e caminhonetes de cabine dupla ameaçadoras do outro.
Entre as pistas, os jogadores dos meios de transporte de duas rodas se arriscam num desafio que pode tirar tanto nossos pontos , quanto as vidas deles!

Em qualquer momento podemos ser surpreendidos pelo desafio especial, em forma de uma caçamba com  motorista surtado,  um ônibus com motorista do estilo "camicaze" ou  carroças de jumento, com dois jumentos, um que puxa e outro que chicoteia .
Podemos ser eliminados do jogo atual numa questão de segundos para sempre, outras vezes podemos entrar novamente depois de investimentos novos e caros.




Os obstáculos variam entre tampas de bueiro afundadas em aproximadamente 20 camadas de asfalto,  buracos de tamanhos e profundidade variáveis, quebra-molas (as vezes quase invisíveis)e uma série de obstáculos em movimento, como pedestres,cães, gatos, cavalos e até vacas.




Fases adiantadas incluem temporais ou a escuridão, aquaplaning ou, em alguns locais, terremotos e tsunamis.
......


No tempo dos jogos lentos do Atari,  a vida parecia passar mais lenta.
Os jogos parecem estar acompanhando nossas rotinas.
Podemos observar a velocidade e a violência da nossa vida real neles.

Será que vida imita o jogo, ou o jogo imita a vida ou  nossa vida é um jogo ??