sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Conhece-te a ti mesmo ....

......e conhecerás o universo e os deuses.
(Sócrates)






Andei lendo uns posts de pessoas protetoras de animais na minha página do facebook...
Eles estavam incrédulos com um caso de abandono de um cãozinho e confesso que também fiquei triste com a história....claro que todos concordavam e malhavam esse ser humano indigno que havia maltratado e abandonado o bichinho, que no caso se tratava de um monstro e a maioria ficou, além de indignado, sem entender o que se passa na cabeça de um "desalmado" daqueles...

Eu acho, que tudo na vida vale uma reflexão mais profunda.
Entender o outro, significa mais um pedaço do mundo desvendado.
E entender o outro, também ajuda na busca do conhecimento de si próprio.

Só dá pra exercitar a tolerância ao ser confrontado com as diferenças....certo?
Assim aconteceu, que um dia desses, uma colega me chocou, ao afirmar que não suportava cães ou gatos...que causavam arrepios nela quando se aproximavam!
"Como pode?" - questionei....
"São lindos, são maravilhosos, são fofos...eu adoro!"- como é que alguém pode não gostar??
Mas pensando melhor,  como eu poderia exigir de alguém um gosto parecido com o meu???

Eu também não gosto de todos os tipos de animais na minha convivência....!
Não tenho sentimentos carinhosos por vacas, porcos e nem sequer por cavalos ou pôneis (nunca quis ter um!)...
Já um amigo meu adora tarantulas e tem várias na sua casa....outra amiga minha gosta de serpentes e cria uma...também conheço gente que adora peixes e outros que tem gaiolas cheias de pássaros ou ratazanas brancas!

Digo com toda sinceridade, não dá pra mim!!

Assim como tenho medo ou sinto indiferença em relação à alguns animais, outras pessoas também sentem, só que em relação àqueles que eu gosto....:
eis a única diferença entre nós!

E como me conheço muito bem, não posso afirmar que, se por um azar terrível eu encontrasse uma das tarantulas do meu amigo solta na sua sala, eu não sairia aos gritos tentando acabar com a vida dela à qualquer custo...( mesmo teoricamente sabendo que ela não me atacará e nem venenosa é!) .... e ao fazer isso, eu não me transformaria num monstro, nos olhos dele??

Eu não consigo aceitar alguém que amarra um cão num trem...mas o que será que me diferencia dele, se eu mataria (por exemplo!) a tarantula do meu amigo?

Porque obviamente, uma pessoa que mata um gato ou um cachorro ou mesmo uma vaca, um porco ou um bode, não tem qualquer tipo de sentimento amistoso por aquele bicho....provavelmente sente indiferença ou talvez ódio e nojo!
Assim como eu, quando vejo uma tarantula!

E agora?

Essa minha reflexão me levou de certa forma, ao meu lado sombrio....que aliás, está dentro de cada um de nós....se manifestando de formas bem diferentes.
Existe uma linha muito tênue entre nossa natureza bruta e a civilizada.
A qualquer momento podemos mudar de lado. 
Basta um desequilíbrio mental, basta uma ameaça ou provocação, basta um instinto ... e viramos aquilo que condenamos muito rapidamente nos outros.
Não fico mais incrédula com certas ações...embora entender não significa aceitar.
A vida fica mais fácil  quando reconhecemos, que as expectativas em relação aos outros não devem ser altas e que nós mesmos estamos sempre na corda bamba....

Não se deve julgar o monstro dentro do outro, sem revisar primeiro nosso próprio.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Meu Natal "ateu".....




Há algum tempo atrás, num breve debate numa comunidade do Orkut ( sim....eu ainda uso!), tive que defender minha opinião como pessoa não religiosa, sobre a festa do Natal, para uma debatedora religiosa.
Longas escritas cansam o leitor e muitas vezes você se encontra incapaz de formular suas ideias de um modo tão claro, que o outro possa entender e ao menos aceitar.
Ela argumentou, que achava ridículo que uma pessoa cética/ateu seguisse festas tradicionalmente e exclusivamente cristãs como o Natal.
Um ateu festejando o Natal, o nascimento do "nosso Senhor", seria no caso completamente contraditório...como se a contradição fosse um traço específico dos ateus!
Não posso deixar de achar isso engraçado, porque certos cristãos fundamentalistas acreditam que eles também não devem festejar o Natal, por justamente ser uma festa de origem pagã  (e eles tem toda razão, nesse caso!), por serem contra o uso de simbolos pagãos e mundanos (a árvore, Papai Noel e o consumismo) e por achar que Jesus dificilmente tenha nascido mesmo nessa data!
Para eles, o Natal deveria no máximo ser um grande culto e muita, muita reza!

Quer dizer então que os cristãos "verdadeiros" não deveriam festejar por ser uma festa com base pagã e os "pagãos" não deveriam festejar por ser uma festa cristã.....
Vá tentar entender a humanidade!

Eu sou da opinião que cada um deveria fazer como bem entender e que não há contradições em nenhuma das formas de se festejar ou não, o Natal.

Todos nós, religiosos ou não religiosos, somos seres humanos e não pedras!
Somos a soma das nossas experiências pessoais e sociais.
Ideias são mutáveis.
Opiniões são rebatíveis.
Estamos em constante mudança e por isso muitos se agarram firmes nas tradições, que nos acompanham muitas vezes desde a nossa mais tenra infância.




Volto portanto no assunto do Natal....

Eu gosto do Natal porque desperta sensações e lembranças boas em mim.
Gosto dessa festa, das suas músicas religiosas e alegres, da união familiar, dos presentes, da alegria, dos cheiros de cravo, canela, anis estrelado e biscoitos caseiros.....
Não tenho presépio, mas enfeito a nossa árvore de Natal com sininhos, estrelas e sim...anjinhos!
Não vou a missa ou culto, mas escuto o "Ave Maria" e outra músicas sacras.
Comemoro a paz momentânea e o amor.
Comemoro a amizade e a alegria....

Eu sou mesma contraditória, mas isso faz parte da minha humanidade e não da minha opção religiosa.
Os símbolos não me importam.
Eles são interpretáveis, podem ter sentidos diferentes.
Para os religiosos, podem ser sagrados, para quem não for podem ter outro sentido mais banal.

Afinal das contas, se eu coloco um anão de terracotta no meu jardim, isso não significa que passei a acreditar em duendes ou fadas. É apenas decoração!



Gosto de música sacra porque ela é calmante e bonita.
Decoro uma árvore de Natal porque o pinheiro para mim significa que a natureza tem suas proprias forças, que a vida prevalece.
Eu não acredito num ser onipresente, onisciente e onipoderoso, mas acredito na interação energética entre todos os seres vivos e isso não é uma contradição. São coisas diferentes!
Não preciso justificar o que penso, não preciso de permissão para fazer as coisas do meu jeito.

Feliz Natal para todos que gostam!  E para aqueles que gostam de boa música :




terça-feira, 29 de outubro de 2013

Monólogo ao volante.....




Eu dirijo muito.

Muito mesmo...não é brincadeira!

Não foi sempre assim......

Alguns anos atrás, eu morria de medo do trânsito e ficava me perguntando como alguém tinha coragem de ultrapassar aqueles caminhões monstruosos.

Velocidade me apavorava.

Durante anos nem pensei em tirar minha carteira de motorista.....só que a vida de alguém com cinco filhos cheios de atividades extracurriculares e pais idosos morando num bairro distante, sem saber dirigir, fica extremamente difícil.

Pegar ônibus significa passar pequenas eternidades no sol quente esperando, entretendo os meninos para não pularem na pista!

Um dia cansei disso tudo e decidi de tirar a benedita licença, aos trinta e alguns anos e grávida.

Fazer a prova de direção dias antes do parto já dá outra crônica!

E a partir desse dia, virei "mãetorista", sem boné ou salário.

Logo no início dessa minha nova carreira, eu não entendia porque o meu marido definitivamente odiava ter que dirigir pra lá e pra cá.
Eu mesma curtia a nova liberdade de ir e vir....mas....eu também nunca  imaginei que passaria horas e horas da minha vida presa em fileiras intermináveis de carros.
Na verdade nunca imaginei um monte de coisas em relação a isso!

Por exemplo...:

- Que eu aprenderia dar boas aceleradas, sem medo nenhum, quando a estrada e o limite de velocidade permitem....

- Que eu não me deixaria apavorar por apressadinhos que pretendem me cortar pela direita...

- Que eu adquiriria um vocabulário de xingamentos de bom tamanho e em três línguas para situações "delicadas"....

- Que saberia o que é sono instantâneo e quais quantias de Coca-Cola, Guaraná, Café e Red Bull devo misturar para me manter acordada...

- Que conseguiria dominar filhos briguentos no banco traseiro só com a força da minha voz e olhares fulminantes sem falhar na atenção...


Dirigir é uma aventura!

Tentem contabilizar uma vez, quantas vezes vocês já escaparam de uma batida feia por um triz, quantas manobras loucas vocês já testemunharam, quantas vezes vocês se sentiram desafiados e quantas vezes vocês aceitaram o desafio!
Quantas vezes vocês já tentaram ser "multi-tasking", dirigindo e telefonando ao mesmo tempo, quantas vezes vocês já chegaram em casa sem conseguir lembrar se passaram o último sinal já no vermelho e quantas vezes vocês perceberam repentinamente que estão num bairro completamente desconhecido sem lembrar, como raios foram parar ali!

Dirigir as vezes também é uma forma de meditação....

Prestem uma vez atenção nas viagens estranhas que nossa mente dá  enquanto dirigimos a sós. 
Repensamos conversas que tivemos, respostas que deveríamos ter dado, pensamos nas listas de compras e como passaremos as próximas férias, imaginamos os presentes que queremos dar no Natal e filosofamos sobre os dizeres nos adesivos do carro da frente.

Tem hora que estamos fisicamente no carro, mas nossa cabeça está num lugar bem distante....e a única coisa que falta , é fazer "oooooommmmmmmmmmmmmmmm....".


Nesse sentido...boa viagem!!!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Sobre estar só, embora acompanhado....

Todas as vezes que dou uma saída para qualquer lugar, me dou conta de como estamos isolados, mesmo cercados por muitos.
As pessoas hoje em dia parecem estar vivendo dentro de uma bolha transparente, da qual tudo pode ser visto, mas não tocado!

Nossa comunicação parece existir somente no plano virtual....
Dificilmente alguém ainda puxa uma conversa, a não ser os mais idosos, que procuram o diálogo, uma simples conversa amena...sobre o tempo, sobre a fila que não anda ou sobre os filhos que andam distantes....assim como o resto da humanidade!





Nos restaurantes podemos observar os casais, que sentam à mesa mudos, mal se olham nos olhos, passam o tempo digitando algo nos seus celulares e a única interação parece haver na hora de um deles mostrar alguma mensagem que recebeu, para o outro.
Grandes grupos de amigos "animados", cada um por si, acompanhados, mas socialmente solitários.

Observar o comportamento deles dá uma tese inteira de sociologia....ou psicologia....ou antropologia, depende da sua área, mas o material de pesquisa é farto!

Os donos dos restaurantes também já perceberam que seu público quer fazer tudo, menos conversar, por isso a maioria encheu todas as paredes com aparelhos de TV. Entrar num lugar assim as vezes se assemelha à adentrar numa loja de eletrodomésticos! Tudo para que você não precisa olhar tempo demais para a/s pessoa/s que te acompanha/m!

Mas não só a nossa comunicação mudou e ficou estéril.
Nosso contato físico também.
Podem conferir...as pessoas não se tocam mais.
Não falo dos beijos ardentes entre adolescentes, esses ainda não estão em falta....
Já o carinho, mãos dadas ou abraços ficaram escassos.

Os sinais da carência por contato estão por toda parte...
Resta saber por quanto tempo aguentaremos viver nesse deserto social, que nós criamos.



sábado, 19 de outubro de 2013

Musicas para ouvir no meu blog....

Katy Perry - Roar Mp3 Download | 1015625 | Music Addict
Still - Jupiter Jones Mp3 Download | 829718 | Music Addict

Pra ouvir uma musiquinha enquanto estão lendo as crônicas.....

Nobody is perfect....!






Há pessoas que adoram ir ao Shopping!
Pra mim, não passa de um programa de índio....principalmente num sábado à tarde.
Lotadíssimo....
Com a mesma vontade vou à praia da cidade, ao meio-dia de um domingo ensolarado, sem passar creme solar!!

Ambos os lugares são fogueiras das vaidades e ao mesmo tempo as maiores provas de que nenhum de nós deveria se preocupar tanto com suas imperfeições.

Meus olhos passam pela multidão em busca da beleza tão mostrada nas revistas de moda ou nos programas de TV....e não a encontro.
Quer dizer, não é que não exista....mas a perfeição parece ser um fenômeno escasso.

A mídia tem uma enorme influência sobre nós.
Ninguém quer ser do jeito que realmente é.
Os de cabelo crespos, querem ter lisos, quem é gordinho, quer ser magrinho, os fininhos querem ser musculosos e os baixinhos querem ser grandões.
E vice-versa!
A ditadura confeccionista massifica certos fenômenos da moda, que nem todos podem ou devem vestir e usar, sob pena de parecer ridículo.
Os modelos usados nas passarelas e revistas nada tem a ver com os seres humanos normais que se encontram nas praias e nos Shoppings.
A grande maioria das pessoas, homens e mulheres, jovens e velhos, é diversificada e tudo, menos perfeita!
No entanto, observar outros na suas tentativas as vezes frustadas de alcançar a perfeição física com a ajuda da moda, maquiagem e chapinha, não deixa de ser uma boa oportunidade de restaurar a própria auto-estima.
Porque por mais que as pessoas se esforçam a parecer mais jovens, mais magros e mais bonitos do que são na realidade, fica bem visível que somos todos imperfeitos!




De certa forma acho isso tranquilizante!



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

No inferno....




                                                                               ***

Hoje estou com vontade de abordar um tema mais difícil, menos leve e muito menos engraçado!

Devido à algumas coisas que aconteceram na minha vida nesses últimos dias, tenho refletido muito sobre um problema que parece existir em muitas famílias de uma forma ou outra :

O desequilíbrio mental ...

Algo que pode ser desencadeado por drogas, remédios, traumas, problemas familiares ou simplesmente pela genética.
Vale reforçar que desequilíbrio mental nada tem a ver com falta de inteligência, como retrataram muito bem nos filmes "Uma mente brilhante" e "Shine"!







Há muito preconceito em relação à esse tipo de problema e ainda tem gente que morre de vergonha por ter que admitir que já foi a um psiquiatra.

Nosso cérebro é uma engenhoca complicada, cheia de truques, que depende de uma poderosa bioquímica e dos nossos sentidos pouco confiáveis, como a audição, visão ou tato, para ter um funcionamento razoavelmente normal!
Qualquer coisa que altera minimamente esse seu delicado estado, não só ferra por completo a vida de um indivíduo,como também a vida de toda sua família. ( Se tiver, é claro!)

E o nosso mundo está cheio de coisas que podem alterar o nosso estado mental, as vezes de forma definitiva
O álcool por exemplo, a longo prazo destrói os neurônios, deixando a pessoa com problemas de memória e outros danos e a curto prazo pode causar acidentes de trânsito e violência doméstica.

Algumas bebidas  "religiosas", como a Ayauasca do Santo Daime, podem ser uma passagem só de ida para uma doença mental, já que em alguns casos desencadeiam neuroses e psicoses para todo o sempre!

http://www.udv.org.br/Viagem+com+cha/Gente+de+paz/96/

Sem apelar logo para as drogas ilícitas mais fortes como o crack, a cocaína e a heroína.....:
já basta a maconha, a queridinha de muita gente, inclusive de alguns políticos e artistas, para levar você a loucura, no sentido literal da palavra!

Além dessas opções "químicas", ainda há diversos traumas que eventualmente mexem com a saúde mental...

Uma coisa está certa....
Quem nunca conviveu com uma pessoa que sofre de distúrbios mentais, ou uma pessoa viciada em entorpecentes, não faz nem ideia, como a vida pode torná-se um inferno.
Ate porque  aqui no Brasil há estados e cidades, mesmo de porte médio ou grande, que não oferecem quase nenhum apoio para aqueles que convivem com uma pessoa  com distúrbios mentais.
O interesse dos médicos especialistas geralmente gira em torno do paciente, e os familiares em muitos casos são apenas tachados como "os culpados" pelos problemas do doente.
Se for um caso que precisa de internação, as coisas complicam ainda mais, porque as clínicas públicas em geral se encontram num estado deplorável, onde a única coisa que se faz, é a administração de medicamentos calmantes e a privação de movimentos.
As clínicas particulares ficam fora do alcance financeiro da grande maioria.
Muitos planos de saúde só dão direito a uma consulta psiquiátrica por mês, o que é simplesmente insuficiente e terapia com psicólogos e psicanalistas só se for particular...
Você acha ruim as filas do SUS no tratamento de câncer?
Acredite...isso ainda está uma maravilha em relação a quem precisa de atendimento psiquiátrico ou psicológico público!

Encontrar a ajuda necessária para uma pessoa com problemas mentais é um caminho árduo e longo, de sucesso incerto!
Em muitos casos o trabalho do psiquiatra se reduz à prescrição do medicamento da "moda"...
O famoso "Rivotril" !

Um remédio polivalente que serve para tudo e para todos!

Você está triste?  Tome Rivotril...
Você está agitado? Tome Rivotril...
Você está doidão? Tome Rivotril....



Parece piada, mas não é!

Um dos grandes problemas em relação às doenças mentais é que os pacientes demoram anos e mais anos para tomar consciência que estão doentes, assim como alcoólatras e outros dependentes químicos não acreditam que estão viciados (e amanhã mesmo poderiam parar), as pessoas com problemas mentais costumam afirmar que todos ao seu redor estão doentes, menos eles!

Tenho que deixar bem claro, que aqui dou apenas minha opinião pessoal sobre esse assunto, apenas como alguém que convive há muitos anos com pessoas "problemáticas", e tenho observado que a atitude atual de muitos profissionais da área, de não dizer ao paciente o nome do distúrbio que ele tem, tem dificultado mais do que ajudado...
Embora entendo a ideia de não rotular mais os pacientes, porque isso também pode trazer uma série de problemas!
Mas.....não nomear a doença mental para o paciente, ao meu ver,  pode contribuir para a negação da disfunção, o que por sua vez dificulta e retarda um tratamento....como é que se pode convencer um paciente a tomar sua medicação, se este acha que não tem nenhum problema???

Fico as vezes imaginando como deve ser terrível ter alucinações, depressões, desejo de morrer, se sentir perseguido ou acuado, com pavor, raiva ou ódio, preso num mundo próprio, irreal  e ameaçador.

Mas igualmente aterrador é a convivência com alguém que você ama, mas que mudou tão radicalmente seu jeito de ser, que não é mais possível reconhecer, como se o tivessem substituído por um estranho de hábitos desconhecidos, com o qual você não tem nenhuma conexão.
É absolutamente assustador ter que conviver com ataques verbais, psicológicos ou as vezes ate físicos!
É triste ver uma mente que já foi brilhante perder a noção da realidade, ficando cada vez mais desconexo.
É difícil arranjar simpatias por sua situação e a dele e mais difícil ainda, é ajudar, quando o doente já não sente mais nada positivo em relação a você, quando ele concentra todo seu ódio, sua raiva e suas frustrações contra todos que o cercam.



Alguns dizem que o inferno é aqui na terra.
Eu ainda dou uma localização mais exata:

O cérebro