terça-feira, 29 de novembro de 2011

Então é Natal...

Nenhuma outra época do ano desperta tanto o consumismo quanto o Natal. Para que fique bem claro: eu adoro o Natal ! Mas não gosto do consumismo. A época natalina costuma ser bastante estressante porque temos que comprar presentes, decorar a casa, receber visitas, fazer comida para um verdadeiro exercito familiar e depois disso tudo ainda ficamos com as contas dos nossos excessos pra pagar durante uma boa parte do ano seguinte.
Como adepta da anual loucura natalina não pude deixar de dar umas olhadas nas mais diversas lojas de artefatos decorativos.
Gosto muito da simbologia da árvore de natal que, pelo menos para mim, não é apenas um mero objeto de decoração, por isso dou preferência a um pinheiro de verdade num jarro, que depois pode ser plantado no quintal. Para enfeitar uso sempre as mesmas, já antigas peças decorativas que coleciono com muito carinho, comprando uma nova peça a cada ano, pra variar um pouco. Este hábito me fez entrar numa loja ricamente decorada com os mais diversos adornos natalinos. Fiquei atônita durante algum tempo, porque logo na entrada fui fulminada com a quase cegante visão de prateleiras cheias com tudo que a indústria natalina é capaz de produzir em massa, peças sem nenhuma beleza individual, mas em compensação carregadas com quantidades exageradas de Glitter, porém o que realmente me fez sentir como se eu estivesse sendo teletransportada para uma nave espacial extraterrestre, foi a presença de três árvores de Natal em cores "modernas"! Lilás, cor-de-rosa Barbie e ... preta.




Esta última provavelmente fora roubada da família Addams. Só pode!
Verifiquei os preços, que estavam coerentes com o habitual exagero comercial! Gastar mais de R$ 1000 com uma árvore de natal que tem a mesma profundidade simbológica de uma prostituta maquiada, é algo pra mim absolutamente inconcebível; e fazer isso para decorar uma festa que supostamente trata de confraternização e amor ao próximo, chega a ser uma afronta. Será que perdemos completamente o juízo e a noção sobre o real significado desta festa tão antiga e rica em tradições? Uma festa que um dia já foi capaz de proporcionar uma noite de paz e confraternização entre soldados franceses e alemães, entrincheirados em plena batalha da primeira guerra mundial, cada um dos lados entoando cânticos e trocando cigarros e chocolates com os inimigos!




Creio que ainda podemos resgatar e devolver o verdadeiro significado do Natal.
Que tal decorar de forma mais natural e barata e usar o dinheiro que economizamos com algo que realmente reflete o espírito natalino?
Há tantas possibilidades de alegrar e confraternizar com outros. Podemos por exemplo adotar uma carta ao Papai Noel, escrita por uma criança necessitada. Os correios anualmente organizam esta campanha muito bonita e tenho o maior prazer de divulgar ela aqui no meu blog .

http://www.correios.com.br/papainoelcorreios2011/

Há outras possibilidades, tais como doações de brinquedos para um orfanato, ou comprar pequenos presentes e fazer uma surpresa para a criançada de alguma comunidade pobre da sua cidade....quem realmente conhece o significado do Natal certamente não ficará posando como a Mortícia ao lado da sua árvore de plástico preto e fará sim, uma festa alegre compartilhando emoções.




Desejo a todos um feliz Natal , menos consumista e mais enternecedor!





3 comentários:

  1. Para os interessados....um pinheiro num jarro custa em torno de R$60.

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  2. Boa ideia ... vamos ver se eu também consigo abrir a mão para ajudar crianças pobres ... seria um Natal diferente e mais útil se eu conseguisse vencer esse desafio ...

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  3. Vlad, eu fui há uns três anos atrás numa loja e comprei um monte de brinquedos baratos , jogos , bolas e bonecas e fui para uma rua , numa comunidade bem pobre....parei o carro perto de um grupo de crianças bem maltrapilhas e dei as coisas...foi um sucesso! E a alegria das crianças foi um presente pra mim.

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